segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Domingo Perfeito

Niterói, 22 de Janeiro 2012
Dia de céu azul, poucas nuvens... sol pleno. Nem muito quente, nem frio… brisa fresca. Dia Lindo! Perfeito para um bom passeio de moto.   Saí de casa por volta das 13:00 – voltei as 21:00. Desta vez,  fui com outro amigo – Marcio Bernardo – grande irmão e compadre.
Andei muito mais equipado desta vez. Apesar do sol, coloquei minha recém-comprada capa da Revolt (destas com proteções múltiplas.. no ombro, costas..  estilo "ultra-men"), luvas e bota. A sensação de segurança multiplicou x10. Eu diria que hoje eu realmente “perdi a virgindade” no mundo de duas rodas. Rodei umas 5 a 6 horas na magrela.  Passei por asfalto, barro, terra batida, areia de praia, trilha fechada e ate pequenas dunas. Sensação de pura liberdade. A confiança subiu uns 10 andares acima. Acelerei sem medo, andei sem medo. Rodei “firme” em todos os terrenos (“firme” = geléia,  rsss).  Dizem que é nesta hora que vem o tombo (rsss) – no meu caso, não veio – graças as deus.  Ficou claro pra mim que esse lance de rodar na areia de praia requer mais treino e experiência. A frente fica “frouxa”, rebolando fácil, e qualquer bobeira representa uma queda na certa. Fui prudente, não abusei. Andei sem susto, e tirei várias conclusões.
A primeira delas (e talvez a principal) é que eu tenho que deixar de ser pão-duro!
Rodei com um capacete aberto, destes vagabas de R$180 – que “quase” ganhei de brinde da Yamaha quando comprei a moto. É bonito de se ver, legal de se usar no início, e horroroso demais depois de um tempo. Na 1a hora do passeio tudo bem – só alegria. Depois da 2a hora, o bicho começou a amarrotar minhas orelhas. Já na 3a hora, foi minha testa que começou a sentir.  A partir da 4a hora, eu o estava odiando.. e minha vontade era de zuní-lo no mato. Mas me contive e continuei – apesar das orelhas sofridas. Fiquei imaginando em uma viagem longa o sofrimento que seria.   Na mesma hora lembrei-me da recomendação de um grande amigo de SP (Ricardo Nery) que me recomendou gastar (investir) sem pena em equipamentos de segurança e no conforto. Na visão dele, cada real faz diferença no conforto depois de longas horas montado na magrela. E é claro que não obedeci dado que sou um ariano tradicional (que é = pão duro e cabeça dura), mas hoje tenho que dar razão a ele.
Quanto à motoca (Tenere 250cc), ela se saiu muito bem.  O motor já mais amaciado – na faixa dos 800km rodados – me permitiu ligeiras esticadas... nada além dos 95km/hr, mantendo sempre dentro dos 6.000 giros como bem manda o manual. A moto é realmente o que todos falam por aí nos blogs e revistas especializadas: moto dócil, ótima para o dia-a-dia, econômica, estável, boa postura de pilotagem, e motor suficiente para pequenas brincadeiras, e por outro lado motor pequeno para grandes estradas. Ou seja, perfeita para meu estágio de conhecimento e aprendizado.
Chamou-me atenção o desempenho na terra.  A bicha pega boa aderência e permite uma pilotagem bastante segura. Dá pra brincar bastante – como uma moto de cross, e ao mesmo tempo rodar muito bem na estrada também.  Só não me senti seguro na areia…  Ali o bicho pega.  Mas aí acho que a questão não é a moto, mas sim minha experiência de pilotagem que beira o “calouro-prego-em início de carreira”. Mas eu chego lá.
Outra importante conclusão diz respeito a meu ânus. Isso mesmo - Minhas nádegas, se assim preferir – ou bochechas inferiores. Elas começaram a doer depois da 3a hora...  e ficaram muito exaustas e doloridas ao término do passeio. Ainda estou no dilema de definir se o problema é o banco (será que é muito ruim?)  ou eu é que sou muito fraco e “bunda-mole” ainda (literalmente) ? Não sei. E assim como não tenho parâmetro de comparação, também não tenho conclusão. Logo decidi que vou continuar insistindo na adaptação… e se não rolar, vou trocar. Já vi e li pela internet boas opções (o tal do banco ERE – no Rio, ou mesmo um outro camarada famoso em SP – todos na faixa dos R$450). Vamos ver.
Sobre o roteiro..   Saímos de Icaraí (Niterói) e seguimos pela estrada em direção a Maricá.  Entramos em Itaipuaçú – e ali começou nossa pilotagem “off”..   por terra batida, beira mar, areia de praia, trilhas, mato, beira de rio, e por ai vai.  Fomos pela região de reserva, pelas dunas de Maricá, contornando as lagoas, e depois voltamos pelo litoral beirando a praia, até a “serra” que divide Itaipuaçu de Itaipu/Itacoatiara. E fechamos o passeio na praia da Boa Viagem – novamente em Niterói, no bar do Berré (ou Bené ?!  ..já não me lembro todos os nomes e detalhes, dado que já fui exportado para SP há anos) - tomando uma cerva, brindando com um belo por do sol.  Uma coisa é certa: Niterói continua linda! Mar show, visual show, de tudo um pouco. Recomendo.
Quarta-feira devo repetir o programa - dado que será feriado em SP (dia 25 / niver da cidade). Vou aproveitar que estou no RJ (em Niterói) e curtir o feriado testando um pouco mais a magrela. Vamos ver..
Por enquanto, compartilho abaixo algumas fotos do passeio de hoje. Perdoem-me pela baixa qualidade, pois tirei todas com o próprio celular.  Mas vamos..


Trecho de areia, entre Itaipuaçu e Maricá

Esse aqui sou eu, minha magrela, meu capacete "vagaba"
e minha capa "ultra-men"


Trechos por terra batida, beirando e cortando rios e corregos



Ponte de pedestre, perto de São José do Imbassaí (município de Maricá)




Fim do passeio, por do sol na Boa Viagem em Niterói

3 comentários:

  1. Muito legal! Parabéns, percebo que vc está evoluindo cada vez mais. Mas não abusa muito, o respeito e a consciência de que mesmo sendo muito prazeroso é perigoso é a melhor dica de segurança que vc pode ter e seguir. No próximo passeio como este eu quero estar presente. Um grande abraço Laércio Serra.

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