sábado, 29 de dezembro de 2012

Pós-Viagem: Parte 4 - Sobre o Combustível & Roupas

São Paulo, 29 de Dezembro de 2012

(continuação do post http://minha-moto-e-eu.blogspot.com.br/2012/12/pos-viagem-parte-3-sobre-o-roteiro.html)


(6) Sobre o COMBUSTÍVEL ****************

PREÇOS: Muito similares ao Brasil - talvez um pouco mais caro, porém compensado pela qualidade. Rodávamos entre 150km e 220km e em média gastávamos $100 pesos Argentinos ou $12.000 pesos Chilenos ~ girando entre R$40 e R$50 por parada;

QUALIDADE: bem superior a gasolina do Brasil. Por lá não há problema de adulteração/mistura de combustível. Tal qualidade não era percebido na aceleração, pois a eletrônica das motos compensava a diferença, mas sendo visível no consumo médio com desempenho 20% a 30% superior comparado a gasolina Brasileira (a moto gastava menos);

CONSUMO: na maior parte do tempo mantivemos medias de velocidade entre 120km/hr e 140km/hr. Minha moto como tinha mais bagagem (fui com alforges amarrados sobre as malas laterais) arrastava muito mais no vento mantendo um consumo entre 12km/l e 14km/l. Já a moto do Richa manteve medias entre 15 e 16; Quando nossa velocidade média estava na casa dos 90 a 100km/hr o consumo melhorava absurdamente indo para faixa dos 18km/l;

POSTOS: excelentes, superiores ao do Brasil - sendo verdadeiros oásis no meio do deserto com ar condicionado, papel toalha nos banheiros, sanduíches, gatorades gelados e internet. Demos sempre preferencia ao YPF e SHELL;

DISTÂNCIA ENTRE POSTOS: o máximo que encontramos foi 180km de distância entre um posto e outro, mas foi somente em trechos mais inóspitos como por exemplo a travessia da Cordilheira por terra.

O normal eram distâncias inferiores a 100km, logo não se fazendo necessário galão reserva. Mas mesmo assim (por segurança e desconhecimento) mantivemos nosso galaozinho de 5L cheio para uma eventual emergência.



(7) Sobre a BAGAGEM & ROUPAS ****************


Este capitulo é muito pessoal e relativo, mas vamos tentar contribuir mesmo assim.

Antes de tudo tenha em mente que 80% do teu tempo você estará pilotando. Tenha em mente também que todo dia você terá o ritual de fazer e desfazer malas, arrumar e desarrumar a moto, entrar e sair dos hotéis. Logo exageros em roupas, variedades resultando em várias malas e pesos são completamente dispensáveis, podendo virar um estorvo durante a viagem.

Dê preferência a roupas dryfit - destas de academia - pois são leves, não fazem volume e são de fácil lavagem/secagem. Demais roupas para sair, passear... sugiro simplificar também, dado que estará tudo sempre amassado e você estará sempre cansado devido ao esforço de pilotagem do dia. Metade do que levei... eu nem toquei!

Para você ter em mente como é a rotina: do meio da viagem para frente passamos a todo dia entrar no banho com roupa e tudo... ..lavando cada peça e colocando em uso novamente no dia seguinte. Prático, limpo e econômico.

Você que esta aí sentado no sofá talvez ache estranho, mas eu te asseguro: depois de um tempo na estrada você se acostuma com as restrições e desenvolve uma rotina "pratica" e ágil sem abrir mão da higiene e limpeza.

Sobre as roupas de proteção / roupas de moto, segue a principal recomendação: não seja pão duro e invista em qualidade !! ..pois tais equipamentos estarão em contato contigo o tempo todo. E uma luva desconfortável ou capacete que machuque pode tirar por completo o prazer da viagem dado longo percurso e uso intenso.

Mas vamos por parte:

LUVAS: obrigatório que seja ótima em nível de proteção mas que também te permita boa movimentação dos dedos. Mandatário também que ela tenha fivela que trave seu pulso - pois caso contrario ela ira sair da sua mão caso você caia e deslize no chão. Mas fique atento a temperatura que você ira encontrar pela frente x o perfil da luva. Eu me dei mal, pois minha luva era adequada para pilotar em SP (temperaturas medias entre 15 e 25 graus). Só que na nossa viagem 90% do tempo ou estávamos acima de 37 graus  ou rodando abaixo de 12 graus - e em ambas ocasiões ela não resolveu o problema. Ora muito quente fazendo minhas mãos suarem absurdamente ou o oposto, não segurando o frio intenso fazendo meus dedos quase congelarem.

JAQUETA E CALCA DE CORDURA: usei as top de linha da Revit. Não tenho do que reclamar. 3 camadas de forro, me atendeu muito bem tanto no calor quanto no frio.

CAPACETE: usei o system 5 da BMW - com flip-up (daqueles que abrem). Muito confortável! A opção de abrir o capacete no meio do calor, ao parar em um sinal... ou entrando em uma pequena cidade é um grande refresco valendo cada real! Mas senti falta da viseira escura (item opcional), dado sol intenso que pegamos de cara onde nem o óculos de sol conseguia segurar o excesso de claridade. E fique atento pois nem sempre o top de linha de uma marca vai se adaptar bem ao seu formato de cabeça... logo experimente os vários modelos.

PROTETOR DE COLUNA: usei o Dainese. Gostei muito principalmente pois ajuda a segurar a coluna, evitando dores na lombar. Considero item obrigatório. No acidente que tivemos com a outra dupla acredito que o piloto saiu em parte ileso devido a este protetor.


2 comentários:

  1. Caramba Rodrigo!

    Você está lendo os nossos pensamentos eliminando várias dúvidas que ainda temos antes da nossa "eminente" partida :-)

    Muitíssimo boas as dicas!

    Li muitos, mas muuuitos relatos sobre viagens de moto e planejamento e o seu está mostrando alguns "pulos do gato" que não tinha encontrado ainda e que vão facilitar bastante a vida dos futuros viajantes.

    Obrigadão e um grande abraço,
    Guilherme & Piti

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    1. Valeu amigos!! estou acompanhando tb a viagem de vcs pelo seu blog! boa sorte! abr,

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