terça-feira, 13 de março de 2012

SP - Atibaia

São Paulo, 12 de Março de 2012




Semana passada foi à primeira semana da Magrela aqui em SP. Até que ela não ficou tão assustada com o trânsito daqui. Rodei com ela quinta/sexta ida e volta até o trabalho - percurso tranquilo por dentro do bairro pegando somente um pequeno trecho pela Av. Bandeirantes. “Perde em risco para Ponte RJ-Niterói”, diz a Magrela. Tenho que concordar. A Ponte é realmente é imbatível com seu transito caótico, faixas apertadas, sem corredor e vento forte.  E volto a afirmar também: a Te250cc é imbatível na cidade! Esperta, motor adequado, alta, ágil, e por fim econômica.


Foi tão legal o “passeio” que voltei ventilando a ideia de passar a usá-la no dia-a-dia para o trabalho. Afinal, foi absurdamente produtivo levar 15 a 20 minutos em um percurso que de carro me toma algo entre 45 e 60 minutos engarrafado todo dia.


To negociando com minha esposa este assunto (ainda sem sucesso). Tenho prometido evitar sempre as vias principais, tomar muito cuidado, pensar sempre nela, levar ela pra jantar, e por ai vai. Ela não é de exatas, mas sim de humanas (fisioterapeuta) - mas ela está com um papo esquisito fazendo conta e me dizendo que “se você vier uma vez por semana vezes %&%%$$#... significa que seu risco de acidente será de %$#@!@!# , logo o máximo que eu aceito é 1 dia, às sextas!!!”. Já é um começo.


Neste último sábado, testei mais uma vez nossos limites. Só que desta fez, me refiro aos limites dela – minha esposa. Fomos passar o fim de semana em Atibaia, pernoitando em um hotel fazenda (http://hotelfazendasantarita.com.br). Percurso tranquilo de 80 a 90km cada perna: passando pela 23 de Maio, via Dutra, Fernão Dias, Rod D. Pedro I e pronto. Moleza. Só que eu fui de moto e ela de carro com nossos 2 filhos pequenos.
O resultado foi que eu fui passeando, relaxando, curtindo, pensando na vida - na ida e na volta, e ela foi se estressando, enfartando, se esgoelando dentro do carro (sozinha) na tentativa de controlar nossos 2 “trombadinhas” que na paravam de “tacar o terror” no carro.  É... minha mulher é uma Santa.


E para finalizar e coroar o passeio: na volta para casa no domingo fim do dia, caiu aquela tempestade alagadora digna de SP no verão...  resumindo: inferno na torre!  Os túneis da Av 23 de Maio fecharam tornando o trânsito um inferno. Cheguei em casa rápido e a coitada chegou exausta quase 1 hora depois. Tenho que agradecer a Deus mesmo. Minha mulher é fantástica. Amo muito você, meu amor!!


Mas estamos aqui para falar de moto, ao invés de assuntos familiares.


Mais uma vez avancei alguns passos a frente, desta vez na chuva.  Ela nos pegou no final da Fernão Dias, quase entrando na Dutra. Veio torrencial, daquelas que em 10 segundos te encharca inteiro. Parei no primeiro posto para colocar calça impermeável – mas pouco ajudou dado que já estava todo molhado. Rodei quase 1 hora com ela forte no rosto.


Pilotei recordando de cada orientação lida recentemente na internet sobre pilotagem na chuva: como usar os freios, fazer as curvas com a moto mais em pé, que distância manter dos carros, não andar sobre as faixas, atenção para não aquaplanar, e por ai vai.  Não me lembro de ter lido nada sobre os banhos de água que você toma (inteiro) quando um carro atropela um bolsão de água do teu lado...     Ahrrg, água horrorosa da Marginal Tiete!  Tomei 2 banhos destes ao longo do percurso. Mas vim bem. Mantive o astral alto buscando aprender com a ocasião e o passeio virou até diversão, e por fim cheguei em casa sem susto. Somente me preocupou minha esposa com as crianças em algum lugar mais atrás dado que foi impossível nos mantermos juntos no meio do trânsito embolado.


Por fim, minha última e infeliz conclusão: Meu super-ultra equipamento de chuva (capa, bota, luva) – que se dizia 100% impermeável se mostrou um bela bosta. Cheguei encharcado em casa com pés e mãos enrugados. E a bosta da luva ainda soltou uma tinta preta que deixou minha mão encardida até o dia seguinte. Tudo vagaba. Vou ter que soltar mais um camarão e aumentar o patamar de investimento melhorando o equipamento para voos maiores.  É isso, bola pra frente!


PS: Meu amor,  obrigado pelo esforço deste fim de semana!!  Amo muito você!!!Te prometo levar para jantar várias vezes neste mês.  (Mas vamos lá heim... 1 dia só de moto pro trabalho não... pensa melhor, vai).

Entrada do Hotel em Atibaia  (http://hotelfazendasantarita.com.br
O tempo negro no fundo já mostrava o que nos esperava a frente


procurando um local para almoçar em Atibaia


vista do alto do restaurante, Atibaia




fim de tarde, na entrada do hotel


volta no domingo, parando em um posto para colocar roupa de chuva.
Ao fundo, Marginal Tiete e seus bolsões d'água


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