Reencontrei a magrela ontem à
noite – “ahhhh que saudade de você!!”.
Retornei de férias no último domingo,
e segunda-feira bem cedo pela manhã já estava na ponte aérea para uma longa semana
de trabalho no Rio de Janeiro. Fazia 30 dias que não pisava por aqui. No fim do
dia, tarde da noite, já em Niterói, reencontrei minha velha amiga, empoeirada,
encostada na garagem, carente de amigos e de boas aceleradas. Traí-a recentemente velejando (ao invés de
motocando), mas faz parte da vida – ela me entende.
O resto de gasolina que restou no
tanque, nestes últimos 30 dias, fez com que ela tossisse um pouco no começo,
mas nada grave. Logo depois das primeiras aceleradas já colocamos o nosso papo
em dia e retomamos nossos planos de treinamentos e de preparação para grandes viagens.
Vim de SP com a mala cheia de
acessórios (comprados recentemente na Gen. Osório – disneylândia dos motoboys
paulistanos). Pretendo nos próximos dias melhor equipá-la e em breve seguir com
ela pela RJ – Santos, trazendo-a para SP – sua morada final.
Hoje (terça-feira) fiz algo que
há poucos anos atrás eu achava um absurdo.
Resolvi ir de moto ao trabalho, atravessando a ponte RJ-Niterói. Assunto “bundão” para qualquer motoqueiro
normal, experiente. Mas para mim – calouro, iniciante, zé ruela – a ida para o
trabalho hoje representou mais um (pequeno) degrau ou (pequena) barreira superada, a quebra de um velho paradigma.
Espetacular o visual do mar lá do
alto da Ponte, melhor ainda fazer em 30 minutos um trajeto (engarrafado) que de
carro leva-se hoje de 1 a 2 horas - dado as obras em andamento para preparação para olimpíada. Fui com o capacete “vagaba” novamente (o tal
aberto, que custou barato), e novamente me arrependi, com minha testa e orelha
doendo no final do percurso – eta capacete porcaria.
O trânsito do Rio de Janeiro
ainda não está tão “evoluído” como o de São Paulo. Além de não ter rodízio, por aqui não existe o tal “corredor”
dos motoqueiros. Talvez pelo fato do RJ não sofrer (ainda) com a epidemia de motoboys como
SP, sei lá. Interessante também perceber que o “clima” entre motorista e
motoqueiro é muito mais respeitoso, diferente do “ódio silencioso” que tem em
SP entre estas duas diferentes tribos. Fato é que as motos por aqui costuram em
todas as linhas, entre carros, pelo canto direito, esquerdo, por todo lado, fazendo
vários zique-zagues desordenados. Em dado momento percebi que parte destas linhas
inconstantes feitas por eles se deviam a minha pessoa – visto que fui lento, e às
vezes formou-se fila de apressados atrás de mim. Faz parte. Não me abalei. Fui na
minha, sem pressa, no meu ritmo, conversando com a Magrela e com deus. Hoje uma
simples ida ao trabalho se transformou em um belo passeio. Valeu!
Minha volta à noite foi ainda mais tranquila. Mais fresco, menos carro, Ponte RJ-Niterói bem livre com transito fluindo. Retornei em 20 minutos - eta coisa boa. Me incomodou muito o vento no olho - dado que o capacete é aberto. Senti muita falta do meu óculos noturno que uso para pedalar de bike - destes transparentes. Até no pedágio da ponte a coisa foi tranquila dado que os caras fazem uma fila específica para motoqueiro.
Enfim, hoje me dei conta que existem 2 Niteróis: a primeira, para quem anda de carro e vive puto engarrafado no trânsito sem solução, e a segunda para quem anda de moto e está a 5 minutos de qualquer lugar. Acho que gosto mais desta última!
As fotos que se seguem tirei da
internet (exceto as duas últimas) - somente para dar o "clima", me perdoem os amigos, mas achei melhor não parar lá no alto da Ponte para
bater foto. Quem sabe na próxima vez..
(Nota do autor) Minha linda
esposa, quando você ler estas linhas – não brigue comigo e nem tire meu jantar,
por favor. Prometo que estou sendo prudente e cauteloso. Amo muito vcs três!
(Fonte: Internet) |
Olha ela aí, olhando de cima (Fonte: Internet) |
Essa aqui, tem tudo a ver comigo!!! (Fonte: Internet) |
também não fui eu quem tirei, mas poderia ter sido - pois esta foto é a cara da Ponte RJ-Niterói atualmente (Fonte: Internet) |
Idem (Fonte: Internet) |